No último dia 17 de maio, um bebê de 1 ano e 4 meses de idade foi atropelado ao engatinhar até o meio de uma rua em Itaqui, na fronteira oeste do Estado. Pela gravidade do seu estado de saúde, ele foi transferido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre e estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Cerca de uma semana depois, Nathariel recebeu alta da UTI e estava na enfermaria pediátrica. O quadro clínico seguiu em evolução e, nesta segunda-feira (12), ele recebeu alta do hospital. A informação foi confirmada pela Secretária Municipal de Saúde de Porto Alegre, que não passou mais detalhes.
Internado por 26 dias, o bebê teve traumatismo craniano encefálico em decorrência do atropelamento e precisou passar por cirurgia para colocar um dreno no cérebro.
Investigação
Em investigação, aPolícia Civil concluiu que não somente o motorista, mas também os pais do bebê Nathariel são suspeitos pelo atropelamento. De acordo com o delegado Ericson Mota, responsável pela investigação, o motorista foi indiciado por lesão corporal culposa, pois atropelou o bebê e disse que não prestou socorro porque "não viu que tinha atropelado a criança". Já os pais foram indiciados por abandono de incapaz, pois "como guardiões e detentores da guarda do filho, têm obrigação do cuidado".
Por todo o processo de investigação do caso, muitas pessoas foram ouvidas: o proprietário da câmera que filmou o atropelamento, o motorista e também os familiares do bebê. A residência da família de Nathariel também foi vistoriada pela polícia e Conselho Tutelar, após denúncisa de maus-tratos.
Após todo esse processo, a Polícia Civil reuniu provas em um relatório e encaminhado ao Ministério Público (MP) para análise. Se o MP entender que de fato ambos são culpados, eles começam a ser julgados pelo crime.
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Relembre o caso
O bebê engatinhava pela rua em Itaqui quando foi atropelado por um carro, no qual o motorista fugiu sem prestar socorro. Segundos depois, o tio do bebê corre até ele, pega a criança no colo e volta de onde veio em busca de socorro. Na época, familiares afirmaram que a família se preparava para viajar quando a criança "escapou e foi para a rua".